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Museu festeja ligação de Júlio Dinis a Ovar

O Museu Júlio Dinis – Uma Casa Ovarense acolhe, esta terça-feira, o V Encontro Dinisiano, com o objectivo de promover o convívio entre investigadores e leitores, tendo por base a obra literária de Joaquim Guilherme Gomes Coelho, mais conhecido por Júlio Dinis e, ao mesmo tempo, comemorar o aniversário do escritor (14 de novembro de 1839), bem como os 150 anos da publicação do romance “As Pupilas do Senhor Reitor” (1867/2017).

O encontro integra a inauguração da exposição “As Pupillas do Senhor Reitor – Chronica da Aldeia, Segundo Alfredo Roque Gameiro”, seguindo-se as apresentações “Roque Gameiro e as aguarelas”, por Maria Alzira Roque Gameiro, directora do Museu da Aguarela Roque Gameiro, e “As Pupilas do Senhor Reitor, um retrato da sociedade portuguesa do início da 2.ª metade do século XIX”, por Maria de Jesus Antunes Pereira, professora e investigadora.

Depois da participação do público, o evento terminará com um porto de honra de convívio entre os presentes.

A exposição “As Pupillas do Senhor Reitor – Chronica da Aldeia, Segundo Alfredo Roque Gameiro” integra acervos da Câmara Municipal de Ovar/Museu Júlio Dinis, do Museu da Aguarela Roque Gameiro e da Fundação Calouste Gulbenkian.
Patente no Museu Júlio Dinis até 6 de Janeiro do ano que vem, a referida exposição, concebida no âmbito das comemorações dos 150 anos do lançamento da 1.ª edição da obra “As Pupilas do Senhor Reitor”, de Júlio Dinis, centra-se numa das produções mais emblemáticas de Alfredo Roque Gameiro, as aguarelas para ilustração da obra de luxo “As Pupillas do Senhor Reitor – Chronicas da Aldeia”.

Recorde-se que Alfredo Roque Gameiro nasceu em Minde, em 1864, e morreu em Lisboa, em 1935. É considerado um dos grandes aguarelistas portugueses, tendo também desenvolvido uma intensa actividade como ilustrador.

Segundo Jaime Martins Barata, “tendo uma vista extremamente penetrante – chegou a queixar-se de ‘ver demais’ –, na verdade ele viu mais com os olhos da alma do que com os olhos do corpo. As suas paisagens, os seus retratos, e, principalmente as suas marinhas, não são nunca transposições rigorosas da realidade. São transfigurações de um estado de enlevo simples, natural, sem filosofias nem escolas, de uma alma ‘panteísta e franciscana’”.

Uma parte importante da sua obra encontra-se no Museu da Aguarela Roque Gameiro, em Minde, bem como nos museus Nacional de Arte Contemporânea, da Cidade de Lisboa, de Arte Contemporânea de Madrid, de Viseu, José Malhoa e outros; e em múltiplas colecções particulares em Portugal e no estrangeiro.

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