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De tendências à realidade: o que muda de vez no mercado de trabalho

Houve um tempo não muito distante em que a ideia de trabalhar remotamente era vista como um privilégio para poucos. Pessoas possivelmente não passavam seu tempo a considerar o teletrabalho ou então a perguntar numa entrevista de emprego se essa era uma possibilidade viável.

De qualquer forma, após o impacto dos recentes anos de restrição, ficou explícita a necessidade de discutir reorganizações na estrutura de empresas. Contudo, o que começou com o teletrabalho, levou a outros pontos relativos ao mercado de trabalho não menos importantes.

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A busca de novos empregos: primeiro passo

Para quem está a buscar uma oportunidade de trabalho em 2024, é essencial começar com fundamentos básicos. É também importante manter-se atualizado com cursos e especializações. Ademais, o modelo de currículo utilizado em cada área deve seguir regras que atendem às buscas de recrutadores, ao mesmo tempo em que evidencia os pontos fortes do candidato. Além disso, possuir uma rede de networking é algo vantajoso para chegar à frente, seja via colegas antigos de trabalho ou recrutadores em redes sociais, como o LinkedIn.

Igualmente importante é, antes desses passos, traçar uma meta clara sobre o que está a buscar, bem como estabelecer os compromissos que pretende priorizar. Isso dependerá de fatores externos, tais como situação financeira, rede de apoio, saúde etc. Partir desse princípio o ajudará a focar nas ofertas mais alinhadas ao seu perfil, o que pode salvar tempo durante a busca por um emprego.

O que os candidatos e funcionários buscam: próximos passos

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Entramos então numa altura em que a busca vai além de salários e benefícios antes existentes. Candidatos e funcionários estão cada vez mais a priorizar o bem-estar e a dedicar tempo à família ou outras áreas da vida com igual importância.

Desse modo, oportunidades com a possibilidade de trabalho remoto devem receber mais candidatos do que postos que não ofereçam a mesma flexibilidade. Esta já é uma realidade em ofertas no ramo tecnológico. De acordo com Liliana Costa, gestora de tecnologia e telecomunicações da multinacional portuguesa Wyser, a atração de candidatos cresce de 27% a 45% para vagas que oferecem o teletrabalho.

Segundo o sociólogo Vítor Sérgio Ferreira, no que diz respeito à resistência de retorno ao trabalho 100% presencial, a ideia de um trabalho que permita às pessoas um bom equilíbrio com a vida pessoal e a vida familiar está cada vez mais valorizada. Portanto, esse modalidade tem estado mais em voga do que nunca.

Além do teletrabalho, mais trabalhadores estão engajados em alinhar o sucesso na carreira com os valores da empresa. Segundo pesquisa conduzida pela companhia britânica Michael Page, a flexibilidade no trabalho importa para 64% das pessoas, enquanto a diversidade de gênero e inclusão é essencial para 69%, sendo 52% das mulheres proativas na promoção desse equilíbrio.

Para as empresas, resta saber como responderão a longo termo a esses requisitos. Os ecos são os mais diversos: segundo a companhia brasileira OiTchau, plataforma de gestão de ponto, o teletrabalho é o novo normal e o sucesso é possível com mais envolvimento da tecnologia, investimento em treinamentos e gerenciamento de custos operacionais. Já para o co-CEO da gigante australiana de software Atlassian, Scott Farquhar, em 2024 as empresas precisarão de regras mais rígidas ao teletrabalho, até mesmo para o híbrido, a fim de ter acordos mais claros. “As empresas sofreram tantas reviravoltas no regresso ao escritório que é difícil para os trabalhadores compreenderem e confiarem qual é exactamente a sua posição em relação a isso”, diz Farquhar.

No final, fica evidente que trabalhadores mais felizes resultam em mais sucesso e produtividade. Desse modo, todas as partes envolvidas ganham e se beneficiam ao atingir um acordo.

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