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Ovar celebra primeiro Dia Nacional do Azulejo com programa de actividades em maio

O município de Ovar acolhe esta quarta-feira até 27 de maio um programa de actividades destinado a celebrar o Dia Nacional do Azulejo, que se assinala pela primeira em Portugal no próximo sábado.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia local, Salvador Malheiro, disse que esse conjunto de exposições, visitas guiadas, iniciativas lúdico-infantis e `workshops` pretende promover “o valioso património vareiro” enquanto um dos mais destacados a nível nacional, “pela sua variedade” temática e cromática.

“Esta pretende ser a primeira de muitas das iniciativas que queremos desenvolver em torno do azulejo, nas suas vertentes patrimonial, turística, artística e lúdica”, afirmou Salvador Malheiro.

O autarca destacou a aposta feita pela câmara no “património azulejar, desde 2000, ano da implementação do ACRA – Atelier de Conservação e Restauro do Azulejo”.

“Intensificámos essa aposta nos últimos anos, em três áreas de actuação: a reabilitação urbana, os serviços educativos e a dinamização turística”, realçou.

O programa “Maio do Azulejo” pretende, por isso, “criar novos espaços de discussão e trabalho” em torno das três áreas de intervenção em que a autarquia vem apostando, com vista à crescente afirmação dos revestimentos cerâmicos locais pelo seu “potencial artístico, criativo e de inovação”.

A primeira das actividades previstas nesse contexto é a “Ação SOS Azulejo”, que se realiza já quarta-feira, na Praça das Galinhas, no centro histórico de Ovar, onde ficarão expostos os trabalhos desenvolvidos por cerca de 350 alunos das escolas do concelho.

O objectivo da iniciativa é criar uma “Rua Imaginária” com azulejos criados e pintados por esses estudantes, com base numa formação que envolveu docentes e também técnicos do ELA – Espaço Lúdico do Azulejo.

No próximo sábado decorre o curso “Azulejaria Romântica” orientado por Francisco Queiroz, especialista da Universidade do Porto.

A formação tem um custo de 30 a 50 euros, consoante o inscrito tenha ou não residência em Ovar, e irá abordar temas como a produção azulejar dos séculos XIX e XX, a ornamentação de fachadas e jardins com estátuas e ornatos em faiança e terracota, artistas e fábricas relevantes na história do azulejo, e as escolhas artísticas e iconográficas pelas quais se tornaram conhecidos.

Em seguida, o “Maio do Azulejo” propõe, para os dias 11, 13, 20 e 27, em diversos horários, as visitas guiadas sob o tema “A cerâmica e a arquitectura modernista em Ovar”.

Mediante inscrição prévia, o roteiro inclui uma passagem pelo Museu de Ovar, onde a exposição homónima tem entrada gratuita, e prevê também uma deslocação ao Tribunal local e ao Mercado Municipal, pela sua azulejaria que vai “muito além do tradicional”.

Também nos dias 11, 13 e 20, outras visitas guiadas irão decorrer na Rua do Azulejo, que Salvador Malheiro reconhece como o percurso turístico que se tornou “uma renovada imagem de marca de Ovar”.

O roteiro analisa as principais fachadas cerâmicas ao longo dessa via e termina com uma “experiência de pintura” em que todos os participantes poderão criar o seu próprio azulejo.

O programa com que a Câmara assinala o primeiro Dia Nacional do Azulejo inclui ainda o `workshop` “Azulejos de Fachada”, a realizar na Escola de Artes e Ofícios mediante uma parceria entre a Universidade de Aveiro, o Museu Nacional do Azulejo e a Associação Portuguesa para a Reabilitação Urbana e Protecção do Património.

A preços entre os 90 e os 120 euros, essa oficina incidirá sobre a especificidade técnica da reabilitação de edifícios com azulejo e as estratégias de intervenção disponíveis, pelo que incluirá visitas a casos já intervencionados na cidade para debate dos respetivos resultados.

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