Política

Andreia Couto: “Mulher tem que dar o passo em frente”

Andreia Couto tem 40 anos e chegou à Liga Portuguesa de Futebol (LPF) em 2002. A irmã de Fernando Couto é advogada, é conhecida por ser ponderada e gere o futebol profissional desde 2010.

Ela foi a convidada do PSD de Ovar da conferência “Igualdade de Género – Profissões no Feminino”, recordando que quando foi convidada para o cargo de Directora Executiva da LPF ainda hesitou, mas hoje não tem dúvidas: “Felizmente aceitei”.

Num meio predominantemente masculino, como é o futebol, pensa que “as mulheres têm tendência para não aceitar este tipo de cargos, de dar o passo em frente, devido à nossa insegurança”.

“Acho que devemos acreditar nas nossas capacidades, entre as quais a de aprender é a nossa principal qualidade”, disse a irmã de Fernando Couto. “Temos que ser formadas e treinadas, mas temos essa capacidade”, reconheceu.

Ela pensa que a sociedade espera que a “mulher esconda o seu sucesso, porque nos desviamos do comportamento esperado”.

O facto da mulher ser educada para o bem-estar dos outros, é por ela considerado uma vantagem de que pode tirar partido na sua vida profissional.

A par do sucesso profissional, Andreia Couto defende que deve haver uma vida familiar equilibrada. “Aconselho a que procurem um marido que partilhe as tarefas” e lamentou que o preço das creches tenha subido bastante nos últimos tempos.

A vereadora Ana Cunha foi a outra convidada da conferência, abordando o propósito que presidiu à assinatura, no passado dia 16 de junho, de um protocolo de cooperação entre a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) e o Município de Ovar.

A autarca considera que “o princípio da igualdade de direitos e de oportunidades em todas as áreas da sociedade é uma condição fundamental para o exercício da cidadania, contudo é frequentemente substituído por preconceitos de natureza relacional”.

Por outro lado, insistiu, “o direito à igualdade, à não discriminação e à dignidade da pessoa humana são reconhecidos em documentos jurídicos internacionais e europeus subscritos pelo Estado Português, com expressão na Constituição da República Portuguesa, (Declaração Universal dos Direitos Humanos; Convenção da Organização Internacional do Trabalho n.º 111; Convenção das Nações Unidas ou Carta Social Europeia)”.

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