Opinião

Qualificar + – Por José Teixeira Valente

Muito se tem dito e escrito sobre as necessidades da formação profissional, tendo
em vista certificar competências dos recursos humanos das empresas. Neste
momento difícil que todos atravessamos, a inteligência e a resiliência são duas
qualidades e atributos que não podemos olvidar para resistir e ultrapassar esta
crise.

A quantidade de dinheiro já gasto neste domínio é substancial e embora se notem
resultados mais satisfatórios, nem por isso estamos capazes de enfrentar os novos
desafios.
E porquê?

Porque tem existido uma preocupação de promover ações conducentes à mera
certificação, mas não à QUALIFICAÇÃO e é aqui que se distingue a verdadeira
formação profissional, aquela que produz melhor conhecimento dos diversos
componentes que provocam o crescimento da atividade empresarial e a criação de
mais – valias que conduzam à competitividade e produtividade das empresas, além
de proporcionarem aos formandos/colaboradores a aquisição de melhores
ferramentas cada vez mais atualizadas, métodos que os valorizem pessoal e
profissionalmente e os capacitem para as tarefas cada vez mais exigentes.

“A qualificação é a palavra-chave para sobreviver no mercado laboral”.
Estando em perfeito acordo com esta afirmação, entendo acrescentar que os planos
de formação modular, deveriam ter uma maior preocupação de promover ações de
qualificação e capacitação em áreas específicas e com alvos devidamente
caracterizados para que a curto/médio prazo se sintam os efeitos deste trabalho,
que se deseja e exige.

Os domínios do DESENVOLVIMENTO PESSOAL e da SEGURANÇA E HIGIENE NO
TRABALHO, entre outros mais específicos, são fundamentais para uma verdadeira
QUALIFICAÇÂO e valorização dos trabalhadores e quadros da empresas.
Teremos de ser pragmáticos na fixação dos objetivos e não podemos esquecer a
qualificação dos próprios empresários e quadros, pois o exemplo tem de vir de cima
e não faz sentido que se invista exclusivamente nos colaboradores e se esqueça,
muitas vezes deliberadamente, que ainda temos um nível relativamente pouco
qualificado das estruturas dirigentes.

Temos de afirmar que, cada vez mais, caberá às empresas dispor de ativos
qualificados e capacitados, cumprindo assim uma tarefa a que o atual sistema de
ensino, embora melhorado, não está ainda a dar resposta adequada. Por isso,
apostar numa qualificação profissional, bem orientada, para além de obrigatória
nos termos da Lei, é uma grande ferramenta para conferir competências efetivas de
acordo com os requisitos e exigências atuais de cada função.

A SEMA – Associação Empresarial tem procurado proporcionar uma gama
variada de ações de formação aos mais diversos níveis e continua

disponível para, em conjunto, com o tecido empresarial adequar a
finalidade da formação às exigências das empresas.
E a propósito da qualificação, em verdadeira articulação entre a SEMA e as
empresas, não posso deixar de assinalar e evidenciar as parcerias
celebradas entre a SEMA – Associação Empresarial e as Câmaras
Municipais de Estarreja, Murtosa, Albergaria-a-Velha, Sever do Vouga e
Ovar, permitindo a qualificação dos colaboradores nas áreas solicitadas
pelas empresas.

Que este exemplo, inovador e desafiador passe a ser replicado por todo o
país.
Oxalá o Portugal face aos novos desafios que se colocam, possa contribuir
para uma resposta pronta às solicitações do mundo empresarial, porque é
nas empresas que se cria a riqueza que sustenta este país.
Nós queremos e temos capacidades para ser uma peça fundamental neste
processo de mais e melhor QUALIFICAÇÃO.

José Teixeira Valente
Presidente da Direcção
SEMA – Associação Empresarial

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