Opinião

Quatro Estações… – Por Sérgio Lamarão Pereira

Viajar é ousar e contemplar. Vaguear por um mundo que é naturalmente nosso, mas que formalmente lhe impuseram fronteiras. É uma jornada, um trajeto, uma expedição quiçá rumo à utopia. Essa utopia que nos permite sonhar e acreditar!

Quero viver, partir e explorar. Viajar até onde a minha mente permitir, até onde a reflexão me levar. Neste mundo onde me tenho apenas a mim; a mim e à minha alma!

Penso sensualmente o mundo. Amo, por vezes, racionalmente a vida. Sou fonte de todos os estímulos e a existência é uma forma consciente de sentir. Sou o abraço entre dois amantes que se beijam à chegada. Um acontecer estético, um espaço de rompimento.

A forma como vejo o mundo é arte, o modo como a contemplo é vida. A maneira como interpreto a arte e a vida é sublimação.

Já vi coisas belas e sorri! Corri, beijei e abracei! Contemplei alguma natureza que ainda permanece intacta. Vi aves voando e planando ao sabor do vento. Tento criar o meu mundo, a minha representação, a minha obra de arte.

Sinto a primavera que emana da tua pele, o verão intenso que trespassa a solicitude do teu corpo, o outono húmido que perdura nos teus lábios, o inverno molhado que escorre sob o teu ventre.

Veste o meu corpo de ti, essa epiderme que une dois mundos. Quero procurar o sentido dos sentidos! Esta razão de ser e de sentir!

Extrai de mim esta brevidade, essa eternidade. Abraça-me, quero permanecer em ti. Quero perpetuar-me em ti…
Beija-me! Dá-me de beber! Essa água que os oceanos irão reclamar!

Abraça-me e beija-me uma vez mais, uma vez só. Esse acto fecundo e sentido que faz renascer a esperança…

Sérgio Lamarão Pereira

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