Carnaval

Uma triste “Vitamina da Alegria” – Por Pedro Nuno

“Olha, é o que dá para fazer. É triste, mas tem de ser”, ouve-se em cada esquina de Ovar, onde o espírito carnavalesco é mais sentido e vivido, de uma maneira complicada de ser explicada. Está enraizada de forma natural e, assim, de forma genuína, não se explica, sente-se!

As ruas, ruelas e vielas, os cantos, cantinhos e becos, os vários lotes de quatro paredes que albergam a essência do Entrudo através das nossas escolas e grupos de samba, as folionas e os foliões: tudo isto, quer se queira quer não se queira, não será igual como nos anos anteriores. A simpática “Vitamina da Alegria”, que desliza desde a Aldeia do Carnaval, passando pela estação ferroviária que, em outras circunstâncias, receberia dezenas de milhares de visitantes, terminando em espaços onde o Carnaval acontecia, derrama lágrimas de tristeza. Mas também de esperança, diga-se!

Das mais de 100 mil pessoas que, simpaticamente, recebíamos, fica a vontade e a certeza de que tudo isto se vai dissipar. O perfume carnavalesco vareiro perdurará, num formato diferente (mas necessário) do habitual, aquele que faz do Entrudo Ovarense o melhor do país.

De qualquer das formas, divirtam-se por casa, brindem com aqueles que partilham a vivência do quotidiano e sambem noite dentro. Ovar e o seu Carnaval habituaram-nos a isto, sendo que o resto, como a música diz, “que se f***!”.

Um xi-coração apertado a todos!
Pedro Nuno

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