Certamente já lhe aconteceu medir a pressão arterial num consultório médico, de enfermagem ou na farmácia e os valores estarem elevados. A ansiedade do contexto pode ser o responsável e daí o termo da hipertensão da bata branca (associada ao profissional de saúde), mas a pergunta que se coloca é: “A hipertensão da bata branca é grave e precisa de tratamento?”.
Não a devemos desvalorizar e devemos confirmar se: temos um caso de apenas elevação da pressão arterial em situação de stress ou se temos uma hipertensão arterial estabelecida e não controlada.
Uma das melhores formas para esclarecer é fazer uma AMPA, ou seja, a automonitorização da pressão arterial que consiste em medir de forma rigorosa, durante uma semana, a pressão arterial num ambiente relaxado, como explica o vídeo:
Os registos podem ser feitos na seguinte folha e depois entregues ao seu médico ou enfermeiro da USF João Semana para avaliar se a pressão arterial média está adequada, e daí temos 3 situações: normotensão, hipertensão ou no oposto hipotensão.
A hipertensão da bata branca não é benigna e apresenta um risco intermédio entre a normotensão e a hipertensão persistente.
Afinal a “bata branca” merece atenção e respeito!
Conheça mais um pouco sobre a hipertensão na Sociedade Portuguesa da Hipertensão.
Eurico Silva
Médico de família (USF João Semana)
