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Ele vai fazer a Route 66, de bicicleta, nos EUA

São muitos os “road movies” de Hollywood que nos mostram a Route 66, nos Estados Unidos da América, como o trajeto perfeito para ser desbravado de carro ou bicicleta.

Na ânsia de cumprir um sonho antigo e atravessar a mítica estrada do território norte-americano, o vareiro José Correia (@correia_bikes_and_trikes) vai dispensar a ajuda de um motor e propõe-se atravessar os EUA, via Route 66, montado numa bicicleta.

“Já fiz a Estrada Nacional n.º2, a terceira mais longa do mundo, e agora vou fazer a Route 66, considerada a mãe de todas as estradas”, confirma o mentor dos brinquedos em madeira, da marca “Wood Toys”.

Apesar de todos os filmes que vendem a estrada norte-americana, “o fascínio por esta estrada não é dos ‘drive movies’, nem dos filmes do cowboys”, explica José Correia.

Design: Túlio Tomaz

Na verdade, o “bichinho” de pedalar foi-lhe incutido por um elemento do Grupo de Carnaval Marados. “O António Brandão é o responsável por me ter apaixonado pela bicicleta”, o que, aliada à experiência que teve no Navio Escola Sagres, durante dois anos, o ajudou a consolidar o espírito de aventura.

Mas esta viagem de bicicleta na estrada mais famosa do mundo, “é um desafio muito grande”, confirma, “porque em Portugal temos água, café, tudo, de 30 em 30 km, mas lá não é assim e eu tenho que ir com a logísitica toda pensada”. Correia refere que é permitido fazer campismo, por exemplo, num estação de serviço abandonada, mas “aquilo é interior dos EUA, quase abandonado”. “Estão a recuperar vários troços com uma dinâmica diferente, mas é preciso ter cuidado”, afiança.

O “ciclista vareiro já tem passaporte válido, a viagem marcada de avião, com partida para 22 de agosto e regresso a 23 de outubro. “Depois de chegar a Chicago, fico um ou dois dias, e no dia 23, arranco para a primeira etapa de 85 km, média que espero fazer”.

A bicicleta segue desmontada no avião, e José Correia não vai dispensar os equipamentos de navegação, GPS próprio, um Iphone para garantir o máximo de comunicação, mas haverá sítios nos quais não haverá rede. “Já sei que vou ter de navegar pelo GPS apenas e sem mais nenhuma ajuda”.

O traçado começa em Chicago, no estado de Illinois, e atravessa Missouri, Oklahoma, Texas, Novo México, Arizona e Nevada, até chegar ao fim do trajeto, em Santa Monica, na Califórnia. Está desejoso de admirar as paisagens desta estrada, seja nos vilarejos parados no tempo, seja o meio do deserto, com belas montanhas no horizonte, e um silêncio quase total, apenas com o ruído da bicicleta a deslizar no asfalto.

Ele tem a noção de que se trata de “um desafio brutal”. “Espero não desistir, até porque escolhi o momento que acho ser o certo, em abril. Vou do norte, que é mais agradável em termperatura e quando chegar a Los Angeles vou apanhar as tais temperaturas a rondar os 35 graus mas espero que não muito mais… e espero não desistir (risos)”.

José vai estar pir sua conta nesta aventura quando chegar aos EUA. “A minha esposa nem gosta que se fale nisto, mas o meu filho tem-me ajudado muito”. “Tenho de ir, nada mais há a fazer”, sentencia, convicto. Serão 3.945 quilómetros emocionantes durante os quais vai atravessar lugares incríveis, originais e autênticos. Além disso, o encanto desta viagem é que o ciclista vareiro também espera encontrar pessoas fascinantes, até porque “farei 65 anos no dia 14 de setembro” – algumas que fazem a mesma viagem que ele e outras que tentam manter o espírito original da “Route 66”.

Sem perder fe vista a sensibilização para a impirtância dos hábitos de vida saudável, depois da EN2 em Portugal e da Route 66, o vareiro aponta já à Route 40, na Argentina, que atravessa aquele do Sul da América, de sul a norte e inclui a via que corta a América Latina.

Boa viagem e boa sorte!

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