“Espiral de chantagem” tem de ser rejeitada pelo Governo
A “espiral de chantagem” foi rejeitada pelo secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, na noite de sexta-feira, em Ovar. “O que está em curso é uma operação que visa levar ainda mais longe o processo de condicionamento do rumo do país num sentido contrário aos interesses nacionais, aos interesses dos trabalhadores e do povo”, disse quando falava para uma plateia de militantes comunistas num comício desfile, na EB 2,3 António Dias Simões, em Ovar.
Ao manter em aberto a possibilidade de aplicação de sanções e ao exigir novas medidas estruturais, o secretário-geral comunista disse que a Comissão Europeia “acentua a postura de imposição de um rumo de empobrecimento a que tem sujeitado o nosso país”.
“Ou seja, querem obrigar o país a executar estas mediadas violentas contra o nosso povo, contra a nossa economia, contra a nossa soberania”, diz Jerónimo, defendendo que “por razões até de dever patriótico, temos de dizer que, quer eles queiram, quer não, quem manda em Portugal deve ser o povo português e não as instituições europeias”.
Na opinião do secretário-geral comunista, Portugal precisa de fazer parar “este círculo vicioso de destruição económica e social”.
“Está na hora de dizer: Basta de submissão e dependência”, afirmou.
No seu discurso, Jerónimo de Sousa voltou ainda a defender a renegociação da dívida do país, sublinhando que Portugal não pode manter dívidas (pública e externa) que “são das maiores do mundo”.