Estudantes prosseguem campanha rumo às Honduras e a Madagáscar
Anfíbios são a preferência da Beatriz Costa. Fauna terrestre e marinha de Madagáscar, no caso da Joana Batalha. Tapires, morcegos e insectos, entre muitos outros que fazem parte de fauna das Honduras, podem surgir ao caminho quando Pedro e Beatriz desbravarem a densa floresta da América Central. Os três estudantes de Biologia da Universidade de Aveiro (UA) angariam apoios para um período de voluntariado, promovido pela organização Operation Wallacea, que lhes trará experiência para a posteridade.
As florestas das Honduras serão o destino de Beatriz Costa, natural de Famalicão, e de Pedro Sá, de Esmoriz, ambos no 3º ano de licenciatura em Biologia. Espera-os uma experiência de voluntariado no acompanhamento de trabalhos de investigação que vai durar duas semanas. Pedro tem especial interesse pelo tema do sequestro de carbono que surge, frequentemente, quando se fala de alterações climáticas e fixou um objetivo para esta ação de voluntariado: “Aprender lá fora, para melhorar cá dentro”.
Madagáscar, que saltou para ribalta através do filme de animação com o mesmo nome e é conhecida como a ilha dos lémures, reuniu a preferência de Joana Batalha, natural das Caldas da Rainha, para esta aventura que, no seu caso, vai durar quatro semanas. Ambas, uma na América Central, outra na zona sudeste do continente africano, são regiões conhecidas pela sua enorme biodiversidade, ou seja, uma espécie de paraíso para quem quer fazer da Biologia a sua vida.
Os destinos foram propostos pela organização internacional Operation Wallacea, na sequência de sessões de divulgação realizadas na UA e coincidem com locais onde decorrem trabalhos de investigação. As despesas da deslocação estão a cargo dos voluntariados e não têm, propriamente, o preço de amendoins. Como tal, cada um dos estudantes lançou mão de acções de campanha para ajudar a pagar as despesas.
Tshirts, crowdfunding e Facebook
O Pedro, que salienta a experiência de vida que também se ganha com estas campanhas de angariação de fundos, conseguiu a ajuda da Comissão de Melhoramentos de Esmoriz e de algumas empresas da área onde reside, em troca de ações de educação e sensibilização ambiental. Socorreu-se ainda da plataforma GoGetFunding, de crowdfundig, e do Facebook: https://www.facebook.com/MissaoHonduras/ . Faltam-lhe cerca de 600 euros para cobrir completamente as despesas da viagem que calcula em cerca de 3.200 euros.
Beatriz sempre teve mais interesse pelos estudos de fauna. Para ajudar nas despesas, entre outras iniciativas, avançou com a venda de tshirts, com um design próprio e os termos “love nature” e “preserving life” inscritos, ação esta que tem tido bastante sucesso. Beatriz criou a página no Facebook: https://www.facebook.com/expedicaocientificahonduras2016/ , que indica o NIB ou IBAN para quem quiser contribuir. Faltam-lhe ainda várias centenas de euros para chegar aos cerca de 3.000 euros que aponta como custo total.
A Joana, a mais jovem dos três, aluna do 2º ano da licenciatura em Biologia, e a que terá uma experiência mais longa – e também mais dispendiosa, estimada em cerca de 5000 euros -, teve apoio da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, propondo, em troca uma exposição de fotografia e sessões sobre a sua experiência nas escolas do concelho, para além de ter avançado com outras iniciativas de angariação de fundos. A página “Projeto Move it”, no Facebook, https://www.facebook.com/ProjectoMoveIt/, foi criada por si e indica NIB e IBAN para contributos.
Pedro, Beatriz e Joana preparam-se para partir em julho, tendo regresso marcado para agosto. Ainda que não consigam a totalidade das verbas até à data da partida, os estudantes pretendem manter a campanha em aberto, na perspetiva de poderem ser compensados, ainda que a posteriori, das despesas que tiveram.
A organização Operation Wallacea, mais conhecida por Opwall, (http://opwall.com/) é uma rede internacional de investigadores com mais de 20 anos que desenvolve pesquisas em 14 países. Recentemente, a rede alargou-se a Portugal.