Opinião

O Jardim Garrett – Abílio Miguel

A requalificação do jardim do Largo Almeida Garrett trouxe muita polémica, principalmente por causa da verba de 300 mil euros gastos e do abate de oito árvores, com argumentações pouco convincentes.

Mas penso que foi necessário tanto para a restante vegetação do jardim, que ganhou mais luz, como, esteticamente, ficou mais agradável.

A renovação do mobiliário urbano, o novo pavimento, o monumento aos Combatentes do Ultramar e a entrada para pessoas de mobilidade reduzida, vieram dar outra dimensão e dinâmica ao jardim mais antigo de Ovar, datado dos finais do séc. XIX.

Já tardava esta requalificação, sem ela o jardim estava a cair no esquecimento, era uma área pouco atrativa de mera passagem, não era visto como um elemento estético e de desfrute da natureza como ele hoje é.

É com muito agrado que vejo pessoas a passear, a tirar fotografias e a usufruir deste espaço tão agradável tanto para adultos como para as crianças e, para quem chega a Ovar de comboio, tem um belo jardim para desfrutar.

No entanto, é necessário que intervenções deste tipo continuem na zona da estação de Ovar, está muito degradada e não oferece um cartaz convidativo para o resto da cidade.

A requalificação desta zona é muito urgente. É uma entrada na cidade que está abandonada. O terminal de camionagem sem condições, do século passado. Todo o Largo Serpa Pinto está degradado com aspecto abandonado. A rua Conselheiro Arala Chaves neste momento tem um terreno, que outrora eram habitações, agora serve de “parque de estacionamento”.

E enumerava muitas mais intervenções nesta zona. Não será da competência da autarquia criar condições aos particulares para que voltem aquela zona? Não é da competência da autarquia exigir que os proprietários zelem pelo espaço e pelos imóveis para que estes deixem de estar degradados?

Abílio Miguel

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