A enfermeira chefe da equipa de hospitalização domiciliária do Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar), Maria da Luz Alonso, participou na primeira edição do Congresso Mundial de Hospitalização Domiciliária, que decorreu em Madrid (Espanha).
A cimeira – realizada na capital espanhola nos passados dias 05 e 06 de Abril – foi considerada pelos seus promotores como uma nova plataforma internacional para promover o modelo e o ecossistema do chamado hospital em casa. Durante os trabalhos foram relembradas as recentes descobertas científicas que mostram a importância deste tipo de serviços que podem fornecer tratamento com boa relação custo-benefício para pacientes com doenças agudas, diminuindo os gastos, melhorando os resultados de saúde e aumentando a segurança e a satisfação da comunidade.
Marcaram presença neste evento vários profissionais de instituições portuguesas já com as suas equipas de hospitalização domiciliária em actividade e outras que se preparam para arrancar dentro em breve, como é o caso do HFZ-Ovar. A hospitalização domiciliária é uma prática recente em Portugal, tendo sido o Hospital Garcia de Orta o primeiro a ter uma unidade com esta valência, um modelo usado em vários países e que traz vantagens, como evitar infecções hospitalares multirresistentes ou reduzir os custos de internamento.
Genericamente, a hospitalização domiciliária serve como uma alternativa ao internamento convencional, mediante assistência contínua, tendo de ter a concordância do doente e da família. O doente que esteja hospitalizado no domicílio tem acesso aos medicamentos exactamente como se estivesse internado no hospital.
Este modelo de assistência é diferente do apoio social no domicílio que já existe no Serviço Nacional de Saúde (SNS), uma vez que incide sobre a fase aguda de uma doença ou sobre a agudização da doença crónica.
As unidades de hospitalização domiciliária funcionam 24 horas por dia e todos os 365 dias do ano, com apoio médico e de enfermagem em permanência e prevenção à noite.
