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Empresários da restauração querem apoio da autarquia

Os empresários da restauração e similares do concelho de Ovar vão reunir amanhã, quinta-feira, com a Câmara Municipal de Ovar, na expectativa de obter uma garantia de apoios que ajude a salvar empresas e empregos do sector.

Em nota hoje distribuída pelos empresários que se reuniram na cidade, alerta-se que “o momento é de união, força e solidariedade para com o próximo, sendo esta a hora para nos juntarmos e fazer ouvir a nossa voz”. “As dificuldades são comuns e o futuro poderá não ser tão promissor como se previa, por exemplo, no início do ano”.

Pedro Machado, proprietário do restaurante “A Toca”, apresenta quebras na ordem dos 70%. Elogia a postura do presidente Salvador Malheiro durante o cerco sanitário, mas agora pensa que, se calhar, “a estratégia de apresentar os números de casos de infectados pelo novo coronavírus, na sua página pessoal”, pode não ser a melhor estratégia, pois “afugenta muita gente de fora que frequentava os restaurantes e bares do nosso concelho”.

Bruno Rilho, proprietário do restaurante “Quatro Sentidos”, de Esmoriz, adianta que amanhã estarão presentes na reunião mais de seis dezenas de empresários: “Queremos que o senhor presidente da Câmara Municipal de Ovar nos oiça, o que ainda não aconteceu, para ouvir de viva voz os nossos problemas e angústias e se possível encontrar soluções que nos ajudem a sobreviver a esta crise”.

Entre as medidas de emergência, apontam a redução do IMI para a hotelaria, apoio aos pagamentos da recolha de óleos alimentares usados ou diminuição do preço do metro cúbico de água. Numa primeira reunião entre as duas partes, o Município mostrou-se receptivo às propostas, e amanhã o “Gabinete de Crise” da restauração vareira espera obter mais pormenores sobre a implementação destas medidas.

Johnny Carrabau, proprietário do “Azulejo”, diz que chegou a hora do Município se mexer, pois “estamos a contar que tudo se vai manter nos próximos seis meses, não vai haver milagres, temos um buraco para tapar e precisamos de apoios a longo prazo”.

Os empresários querem ainda que os seus clientes beneficiem de “isenção no pagamento dos parquímetros” e que a Câmara ajude a suportar “as despesas dos estabelecimentos comerciais nas entregas [de alimentação] ao domicílio”.

Já quanto a medidas de futuro próximo, os signatários do documento defendem que a Câmara deverá “canalizar para apoios ao setor comercial os excedentes orçamentais destinados à iluminação de Natal, de Carnaval e do [evento] FESTA”, e ainda “isentar os empresários do setor das taxas de ocupação pública das esplanadas, toldos, reclames publicitários ao longo de 2021” e não apenas em 2020. Querem igualmente que seja tornado público o resultado do estudo que “a Câmara mandatou a uma entidade externa de consultadoria”.

O documento insiste que a situação é de “extrema gravidade e afeta inúmeras famílias do município”, pelo que os subscritores concluem: “Necessitamos de soluções e não de intenções”.

Sobre a empresa de consultoria que custou 8.000 euros à autarquia para ajudar os empresários locais a candidatarem-se a apoios do Estado durante a pandemia, dizem que esse dinheiro seria mais bem empregue noutra área. “Essa empresa não faz sentido nenhum, nunca nos contactou e nem sequer tem um número de telefone”, realçam.

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